Mosteiros



Igreja (MN) e mosteiro de Santa Maria de Vila Boa do Bispo (IIP)

Com as presenças romana (villae de Meixidi, Barral, Casadela.), cristã (sobreposição ao paganismo), germânica (guarda, agasalho, sítio.) e árabe (aldeia, laranja, alface, nora, almude, arroba.). E carta de couto doada por A. Henriques em 1141. Em 1990, o mosteiro perfez um milénio. Vieira de Castro foi o proprietário do mosteiro após a nacionalização em 1834. A pedra de armas salienta-se num tímpano de empenas tardobarrocas. A igreja altera-se no séc. XVII. Na fachada principal, as duas arcadas cegas (o reboco tapou uma) e um portal barroco; no nicho, a padroeira, Santa Maria. A torre neoclássica é de finais do séc. XIX. A talha é de 1702 (retábulos mor e colaterais, de um entalhador de Penafiel) com o barroco nacional até ao joanino (meados do séc. XVIII). Tumulária existente: Mónio Viegas, o “Gasco” (séc. XI, mas sarcófago posterior), na parede nascente do claustro; Nicolau Martins, prior do mosteiro (1348), na parede do Evangelho da nave; Júlio Geraldes, corregedor de entre Douro e Minho, no mesmo lado (1381). No adro da igreja, na parede sul, o prior Salvador Pires, do séc. XIV. Em 2009, concluem-se as obras de restauro: arco do coro alto, telhados, reboco, limpeza e fixação das estruturas dos retábulos mor e trono, colaterais e arco do transepto.



Igreja e mosteiro de S. João de Alpendorada
(sem classificação patrimonial)

Os senhores de Riba Douro remontam ao séc. X e dominam a Anegia (atuais concelhos do Marco e limítrofes), posição estratégica para a reconquista cristã, fundando ou controlando os mosteiros da região. Mosteiro fundado no início do século XI e igreja atual conservando fragmentos românicos na sua fachada. Séculos XVII e XVIII : obras no mosteiro; século XVIII: na igreja. Barroco clássico na fachada da igreja (1727) que encaixa as edículas do padroeiro, S. João Batista. Ladeado por S. Bento e S. ta Escolástica, esquema programático que se repete no retábulo-mor. A talha é dos estilos joanino (coro alto), rococó  (sanefas dos colaterais) e transição rococó-neoclássico (retábulos mor a quatro laterais de Frei José Vilaça, beneditino de Tibães, Braga). Portal norte do convento: estruturas e ornamentações barrocas, rococó e neoclássicas; pedra de armas de António Vieira de Magalhães, primeiro visconde e barão de Alpendorada. A igreja primitiva, bem como a de Vila Boa do Bispo, prendem-se à fé e à peregrinação a Santiago de Compostela; barcas de passagem dos rios e caminhos sinalizados em Penafiel, Felgueiras, Lousada, Vizela, Guimarães, Braga, Ponte de Lima, Valença.

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